Casado, pai de dois filhos e só apetece fugir sem olhar a consequências,
Memórias de infância que nunca se repetirá.
O que foi feito, o que ficou por fazer, sei lá.
A esperança de casar um dia e agora a saudade dessa infância.
Amigos são vagos como as palavras que os caracterizam.
Nomes, números e matriculas que ficam esquecidos, lavados pelo tempo.
Saudades do antigamente, da descoberta de coisas novas.
Da novidade que surgia a cada dia que passava.
Hoje nada importa, qual máquinas a debitar informação fútil.
O mundo é uma merda.
É tudo tão sombrio e não há cor do antigamente.
Cinzento é o meu dia.
A chuva trará cor, ainda que momentânea.
Nada tem valor.
Necessidade de uma vida solitária ainda que rodeada de gente.
Gente desconhecida, vozes sempre presentes ainda que sem dizer nada.
O cheiro da colónia antiga,
O papel de parede e o soalho torto.
O mundo que já o foi.
Sem comentários:
Enviar um comentário